Lição 01 – 03 de julho de 2022 – Editora BETEL
O sermão da Montanha e sua essência
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Sobre o Sermão da
Montanha
Mateus 5 – O Sermão
do Monte é de todas as mensagens de Jesus a mais mal interpretada. Uns dizem
que é o plano de salvação de Deus e que, se desejamos ir para o céu um dia,
devemos obedecer a suas regras. Outros o chamam de "tratado em prol da paz mundial" e instam as nações da
Terra a aceitá-lo como tal. Outros, ainda, dizem que o Sermão do Monte não se
aplica aos dias de hoje, mas que valerá para um tempo futuro, talvez durante a
tribulação ou no reino milenar.
A chave
para esse sermão é Mateus 5.20: "Porque
vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e
fariseus, jamais entrareis no reino dos céus". O tema central desse
texto é a verdadeira justiça. Os líderes religiosos possuíam uma justiça
artificial e exterior com base apenas na lei. A justiça que Jesus descreve, porém,
é verdadeira e essencial, começa no interior, no coração. Os fariseus preocupavam-se
com os mínimos detalhes da conduta, mas deixavam de cuidar do mais importante,
o caráter. A conduta é decorrente do caráter.
Quaisquer
que sejam as possíveis aplicações do Sermão do Monte para os problemas mundiais
ou os acontecimentos futuros, sem dúvida ele se aplica de maneira bem definida a
nós hoje. Jesus transmitiu essa mensagem aos cristãos como indivíduos, não ao mundo
incrédulo em geral. Os ensinamentos do sermão do monte são repetidos para a Igreja
de hoje nas epístolas do Novo Testamento.
A
princípio, Jesus proferiu essas palavras para seus discípulos (Mt 5.1), e para mais
toda aquela multidão que tinha se achegado para ouvi-lo.
Como Mestre
exemplar que foi, Jesus não começa este sermão tão importante com uma crítica
negativa aos escribas e fariseus.
Antes,
inicia seu discurso com uma ênfase positiva sobre o caráter idôneo e as bênçãos
que dele decorrem para o cristão. Os fariseus ensinavam que a justiça era algo
exterior, uma questão de obedecer a determinadas regras e preceitos. Poderia
ser medida por orações, ofertas, jejuns etc. Jesus, nas bem-aventuranças e nas
descrições do indivíduo temente a Deus, apresenta um caráter cristão que flui
do ser interior.
Podemos
imaginar como a atenção da multidão se aguçou quando Jesus proferiu as
primeiras palavras: "bem-aventurados"
(em latim, beatus, de onde vem o
termo beatitude).
Essa palavra
tinha significado muito forte para os que ouviam Jesus naquele dia, pois
expressava a ideia de "alegria
divina e perfeita". Não era um termo usado para os seres humanos, pois
descrevia o tipo de alegria experimentado apenas por deuses ou por mortos. Essa
"bem-aventu rança" sugeria satisfação
e suficiência interiores que não dependiam das circunstâncias externas para ter
alegria. É isso que o Senhor oferece aos que confiam nele! As bem-aventuranças
descrevem as atitudes que devem estar presentes em nossa vida hoje. Vemos aqui
quatro dessas atitudes.
Atitude em relação a si mesmo (versículo 3).
Ser humilde
significa ter uma opinião correta de si mesmo (Rm 12.3). Não quer dizer ser "pobre de espírito" e fraco! A
humildade é o oposto das atitudes atuais de autoafirmação e de exaltação.
Também não é uma falsa humildade, como aquela que diz: "Não tenho valor algum, não sou capaz de fazer nada", mas
sim uma atitude de honestidade em relação a si mesmo: conhecer-se, aceitar-se e
tentar ser autêntico para a glória de Deus.
Atitude em relação ao pecado (versículos 4-6).
Temos
uma genuína atitude contra o pecado quando o rejeitamos e vemos o mesmo como o
próprio Deus o vê e procuramos tratá-lo como Deus o trata. Aqueles que encobrem
ou defendem o pecado estão, sem dúvida alguma, indo pelo caminho errado. Não
devemos apenas nos entristecer com o pecado, mas também nos sujeitar a Deus com
mansidão (ver Lc 18.9-14; Fp 3.1-14).
Mansidão
não é o mesmo que fraqueza, pois tanto Moisés quanto Jesus foram homens mansos
(Nm 12.3; Mt 11.29). O adjetivo "manso" era usado pelos gregos para
descrever um cavalo domado e se refere ao poder sob controle.
Atitude em relação a Deus (versículos 7-9).
Experimentamos
a misericórdia de Deus quando cremos em Cristo (Ef 2.4-7), e Ele nos dá um
coração puro (At 15.9) e paz interior (Rm 5.1). Mas, depois de receber Sua misericórdia,
nós a compartilhamos com outros. Esforçamo-nos por manter o coração puro a fim
de buscar a Deus. Tornou-nos pacificadores em um mundo perturbado e canais para
a paz, a pureza e a misericórdia de Deus.
Atitude em relação ao mundo (versículos 10-16). Não é fácil ser um cristão consagrado. Nossa sociedade não tem amizade com Deus nem com o povo de Deus. Quer gostemos quer não, estamos em conflito com o mundo, pois somos diferentes e
temos atitudes diferentes.
Ao ler as
bem-aventuranças, observamos que mostram uma perspectiva radicalmente diferente
daquela do mundo a nosso redor. O mundo estimula o orgulho e não a humildade. O
mundo incentiva o pecado, especialmente se for possível escapar impunes. O
mundo está em guerra com Deus, enquanto Deus deseja se reconciliar com seus
inimigos e recebê-los como filhos. Quem vive de maneira agradável a Deus deve
esperar perseguições. Mas é importante certificar-se de que o sofrimento não é
resultante da própria insensatez ou desobediência.
Depois
de ouvir a descrição do tipo de caráter que Deus abençoa, sem dúvida alguns na
multidão disseram: "É impossível
cultivar um caráter como esse. Como ser justos assim? De onde vem essa
justiça?" Para eles, era difícil entender de que maneira esses ensinamentos
se relacionavam àquilo que haviam aprendido desde a infância. E quanto a Moisés
e à lei? Na lei de Moisés, Deus certamente revelou seus padrões para uma vida
de santidade.
Os
fariseus defendiam a lei e procuravam lhe obedecer. Mas Jesus afirmou que a
verdadeira justiça agradável a Deus deve exceder aquela dos escribas e fariseus
- e, para o povo em geral, os escribas e fariseus eram as pessoas mais santas
da comunidade! Se eles não haviam conseguido encontrar essa justiça, que
esperança haveria para o restante do povo?
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2022, ano 32 nº 124 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Sermão do Monte – A ética, os valores e a relevância dos ensinos de Jesus Cristo – Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William
MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento –
Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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