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Lição 05 - 3º trimestre 2022 - A justiça moral e ética do reino de Deus

Lição 05 – 31 de julho de 2022 – Editora BETEL

A justiça moral e ética do reino de Deus

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Sobre a justiça do reino de Deus

Mateus 5.17-20 – Não é fácil ser um cristão consagrado. Nossa sociedade não tem amizade com Deus nem com o povo de Deus. Quer gostemos quer não, estamos em conflito com o mundo, pois somos diferentes e temos atitudes diferentes.

Ao ler as bem-aventuranças, observamos que mostram uma perspectiva radicalmente diferente daquela do mundo a nosso redor. O mundo estimula o orgulho e não a humildade. O mundo incentiva o pecado, especialmente se for possível escapar impunes. O mundo está em guerra com Deus, enquanto Deus deseja se reconciliar com seus inimigos e recebê-los como filhos. Quem vive de maneira agradável a Deus deve esperar perseguições. Mas é importante certificar-se de que o sofrimento não é resultante da própria insensatez ou desobediência.

Depois de ouvir a descrição do tipo de caráter que Deus abençoa, sem dúvida alguns na multidão disseram: "É impossível cultivar um caráter como esse. Como ser justos assim? De onde vem essa justiça?" Para eles, era difícil entender de que maneira esses ensinamentos se relacionavam àquilo que haviam aprendido desde a infância. E quanto a Moisés e à lei?

Na lei de Moisés, Deus certamente revelou seus padrões para uma vida de santidade. Os fariseus defendiam a lei e procuravam lhe obedecer. Mas Jesus afirmou que a verdadeira justiça agradável a Deus deve exceder aquela dos escribas e fariseus - e, para o povo em geral, os escribas e fariseus eram as pessoas mais santas da comunidade! Se eles não haviam conseguido encontrar essa justiça, que esperança haveria para o restante do povo?

Jesus explica a própria atitude com respeito à lei descrevendo três relacionamentos possíveis.

É possível procurar destruir a lei (versículo 17a). Para os fariseus, era justamente isso o que Jesus fazia. Em primeiro lugar, a autoridade de Jesus não era proveniente de nenhum líder ou escola rabínica conhecida. Em vez de ensinar os preceitos das autoridades no assunto, como os escribas e fariseus, Jesus ensinava com autoridade.

Jesus parecia desafiar a lei não apenas com sua autoridade, mas também com suas ações. Curava pessoas no sábado e não fazia caso das tradições dos fariseus. Seus relacionamentos também pareciam opor-se à lei, pois era amigo de publicanos e de pecadores.

No entanto, eram os fariseus que destruíam a lei! Por meio de suas tradições, privavam as pessoas da Palavra de Deus, e por meio de uma vida hipócrita, desobedeciam às leis que afirmavam proteger. Os fariseus pensavam estar guardando a Palavra de Deus, quando, na verdade, reprimiam a Palavra de Deus, sufocando-a com seus preceitos humanos e acabando com sua vitalidade! O fato de terem rejeitado Cristo quando veio à Terra comprovou que a verdade interior da lei não havia penetrado o coração desses homens.

Jesus deixou claro que veio para honrar a lei e ajudar o povo de Deus a amá-la, aprender dela e colocá-la em prática. Recusou a justiça artificial dos líderes religiosos, que não passava de uma farsa. Para eles, a religião era um ritual morto, não um relacionamento vivo. Uma vez que era falsa, não se reproduzia em outros de maneira viva e eficaz. Promovia apenas o orgulho, não a humildade; conduzia à escravidão, não à liberdade.

Podemos procurar cumprir a lei (versículo 17b). Jesus Cristo cumpriu a lei de Deus em todos os aspectos de sua vida. Cumpriu-a em seu nascimento, pois foi "nascido sob a lei" (Gálatas 4.4). Seus pais realizaram todos os rituais prescritos para um menino judeu. Por certo, também cumpriu a lei em sua vida, pois ninguém nunca foi capaz de acusá-lo de qualquer pecado. Jesus obedeceu a todos os mandamentos de Deus na lei sem, no entanto, se sujeitar às tradições dos escribas e fariseus. O Pai expressou sua aprovação declarando: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3.17; 17.5).

Jesus também cumpriu a lei em seus ensinamentos, e foi isso o que o levou a entrar em conflito com os líderes religiosos. Quando começou seu ministério, encontrou a Palavra viva de Deus recoberta de tradições e de interpretações humanas. Jesus rompeu essa "casca de religiosidade" e guiou o povo de volta à Palavra de Deus. Em seguida, revelou-a como nova forma de viver para uma gente acostumada com a "letra" da lei, não com a "essência" da vida.

Foi, porém, em sua morte e ressurreição que Jesus cumpriu a lei de maneira especial, pois levou sobre si a maldição da lei (Gálatas 3.13). Ele cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento para que não fossem mais necessários ao povo de Deus (ver Hebreus 9 e 10). Colocou de lado a antiga aliança e firmou uma nova aliança.

A fim de destruir a lei, Jesus não lutou contra ela; Ele a cumpriu! Talvez possamos esclarecer esse fato com uma ilustração. Há duas maneiras de destruir uma semente: esmagando-a em pedaços ou plantando-a para que cumpra seu propósito e se transforme numa árvore.

Quando Jesus morreu, rasgou o véu do templo e abriu o caminho para a santidade (Hebreus 10.19). Derrubou o muro de separação entre judeus e gentios (Efésios 2.11-13). Uma vez que a lei foi cumprida em Jesus, não precisamos mais de templos construídos por mãos humanas (Atos 7.48 a seguir) nem de rituais religiosos (Colossenses 2.10-13).

Como é possível cumprir a lei? Entregando-nos ao Espírito Santo e deixando que opere em nossa vida (Romanos 8.1-3). O Espírito Santo permite que experimentemos "a justiça da lei" em nossa vida diária. Isso não significa que temos uma vida perfeita e sem pecado, mas sim que Cristo vive em nós pelo poder do Espírito Santo (Gálatas 2.20).

Quem lê as bem-aventuranças, vê ali retratado o caráter perfeito de Jesus Cristo. Apesar de nunca ter se entristecido com seu pecado, pois jamais pecou, ainda assim foi um "homem de dores e que sabe o que é padecer" (Isaías 53.3). Nunca precisou sentir fome nem sede de justiça, pois era o santo Filho de Deus, mas se agradou da vontade do Pai e encontrou saciedade nessa obediência (Jo 4.34). A única forma de experimentar a justiça das bem-aventuranças é por meio do poder de Cristo.

Podemos procurar cumprir e ensinar a lei (versículo 19). Isso não significa voltar toda a atenção para o Antigo Testamento e esquecer o Novo! 2 Coríntios 3 deixa bem claro que nosso ministério se refere à nova aliança. Existe, porém, um ministério da lei (1 Timóteo 1.9 a seguir) que não é contrário à mensagem gloriosa da graça de Deus. Jesus deseja que cresçamos em conhecimento acerca da justiça de Deus, a fim de que sejamos capazes de lhe obedecer e de compartilhá-la com outros. A lei moral de Deus não mudou. Nove dos dez mandamentos são repetidos nas epístolas do Novo Testamento, e os cristãos são chamados a obedecer a eles. (A única exceção é o mandamento sobre o sábado, dado como um sinal para Israel. Ver Neemias 9.14.)

Não obedecemos a uma lei exterior por medo. Antes, como cristãos nos dias de hoje, obedecemos a uma lei interior e vivemos por causa do amor. O Espírito Santo nos ensina a Palavra e nos capacita a obedecer a ela. Pecado continua sendo pecado, e Deus continua a castigá-lo. Na realidade, os cristãos de hoje têm ainda mais responsabilidade, pois temos mais conhecimento!

A palavra justiça tem várias aplicações. Vamos destacar dois sentidos deste termo que consideramos de grande relevância: Justiça significa retidão, ou seja, característica de algo que corresponde ao padrão. Por exemplo: O que é uma "roupa justa"? É aquela que tem a medida exata. Não falta tecido, nem sobra. Nesse caso, o corpo é o padrão, ou modelo. A justiça diante de Deus é viver de acordo com a vontade dele, sem sobrar nem faltar. Difícil, não é? Entretanto, este é o nosso alvo. Devemos viver buscando "em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça". (Mateus 6.33). Devemos estar sempre buscando agir da melhor forma possível, sem jamais desistir. Nunca devemos achar que o pecado seja uma coisa normal e aceitável.

A justiça do reino de Deus veio com Cristo para interiorizar o que deveríamos já ter gravado nas tábuas de nossos corações, a Palavra de Deus, vivida de forma completa e constante. Sem legalismos ou rituais desnecessários e vazios, busquemos simplesmente ser reflexos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, sejamos exemplo para os que ainda não conhecem a salvação, referência para os que buscam a justiça dentro de um mundo injusto, âncora para os que vagam pelos mais diversos conceitos de religião que sufocam e enganam, paz para nós próprios e para tantos que estão em guerra espiritual consigo mesmos e com o mundo.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2022, ano 32 nº 124 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Sermão do Monte – A ética, os valores e a relevância dos ensinos de Jesus Cristo – Bispo Abner Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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