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Lição 10 - A solicitude da vida

Lição 10 – 04 de setembro de 2022 – Editora BETEL

A solicitude da vida 

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Sobre a solicitude da vida

Mateus 6.25-27, 34 – O pecado que Jesus condena nesta seção é o da preocupação. Não andeis cuidadosos (25) pode ser traduzido como: “Não estejais ansiosos”. Não devemos nos preocupar com o alimento ou a roupa. A vida é mais do que o mantimento (comida). Aqui se trata tanto da existência espiritual quanto da vida material.

O Mestre, então, deu o exemplo das aves do céu (26). Elas não semeiam, nem segam, e, contudo, o Pai Celestial as alimenta. Quanto mais Ele cuidará de seus próprios filhos?

O significado de estatura (27) é incerto. Ele pode ser traduzido como “medida de sua vida”, “extensão da vida”, “curso da sua vida”, mas também “altura”. A palavra grega (helikia) ocorre oito vezes no Novo Testamento. Em João 9.21,23 ela significa muito claramente “idade” - “tem idade; perguntai-lho”. Mas em Lucas 19.3 ela também significa claramente “estatura”. Zaqueu tinha falta de altura, não de idade. A questão é: O que a palavra significa aqui e na passagem paralela (Lc 12.25)? Pareceria mais natural falar de acrescentar um côvado (45 centímetros) à altura de alguém do que à sua idade. Abbott-Smith dizem: “Mas o uso predominante na Septuaginta e nos papiros favorecem o antigo significado [idade] nestas passagens duvidosas”. O contexto aqui também favorece a “duração da vida”. Seja qual for o significado da palavra, a afirmação de Jesus é poderosa. A preocupação não pode acrescentar nada à altura, idade ou extensão da vida de uma pessoa.

Deus não só alimenta as aves, mas Ele também veste os lírios do campo (28). Embora eles não trabalhem, nem fiem, contudo, nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles (29). Se Deus cuida dessa maneira das flores efêmeras - que hoje estão aqui, e que amanhã serão inexistentes (tornando-se combustível para o forno) - quanto mais Ele vestirá os seus próprios filhos (30)? Esta é uma lógica que não se pode contestar. Assim, o discípulo não deve ficar ansioso sobre o que comer, beber ou vestir (31); seu Pai Celestial sabe o que ele precisa (32).

Segue-se, então, a grande passagem sobre a mordomia: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (33). A ordem das petições na oração do Pai-Nosso é lembrada. Primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para nós mesmos. Na verdade, o Reino de Deus é a justiça. Agora, por ‘justiça de Deus’ devemos entender duas coisas: uma justiça imputada e uma justiça concedida, que é colocada em nossa conta ou crédito e que é comunicada às nossas almas”.

Em segundo lugar, devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para os outros. Isto é, a nossa principal preocupação como discípulos do Senhor deve ser a salvação das almas e a edificação da sua igreja. Se colocarmos isto em primeiro lugar, Ele promete suprir todas as necessidades materiais.

O capítulo termina com uma admoestação de encerramento, para não nos preocuparmos sobre o futuro (34). Já basta a cada dia o seu mal; isto é, problemas e cuidados que já lhe pertencem.

A cobiça não apenas desvaloriza nossa riqueza, como também nos deprecia como pessoas! Enchemo-nos de preocupações e somos tomados de ansiedade anormal, não espiritual. Quem busca riquezas pensa que o dinheiro resolverá todos os problemas, quando, na realidade, trará ainda mais problemas! As riquezas materiais criam uma sensação falsa e perigosa de segurança, a qual termina em tragédia. Os pássaros e os lírios não se preocupam nem se inquietam e, ainda assim, têm uma riqueza de Deus que o ser humano não consegue reproduzir. A natureza toda depende de Deus, e ele nunca falha.

Só o homem mortal depende do dinheiro, e o dinheiro sempre falha. Jesus afirma que a preocupação é pecado. Podemos dar nomes mais bonitos à preocupação, chamando-a de aflição, fardo, cruz a ser carregada, mas os resultados são os mesmos. Em vez de nos ajudar a viver mais, a ansiedade apenas encurta a vida (Mt 6:27). No grego, "andar ansioso" significa ''ser atraído para direções diferentes".

A ansiedade causa desintegração interior. Quando o ser humano não interfere, a natureza trabalha de maneira plenamente integrada, pois toda a natureza confia em Deus. O ser humano, por sua vez, tenta viver na dependência das riquezas materiais e acaba se desintegrando. Deus alimenta os pássaros e veste os lírios, e fará o mesmo por nós. E nossa "pequena fé" que impede Deus de trabalhar da forma como gostaria. Se nos sujeitarmos a Deus e vivermos para as riquezas eternas, ele revelará as grandes bênçãos que estão reservadas para nós.

A preocupação com as coisas materiais nos faz viver como pagãos! Quando colocamos a vontade e a justiça de Deus em primeiro plano em nossa vida, ele cuida de todo o resto. É triste quando não praticamos essa verdade. Mas o cristão que decide viver de acordo com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!

Perdemos a alegria com o dia de hoje (versículo 34). A preocupação com o amanhã não ajuda nem o dia de hoje nem o dia de amanhã. Antes nos priva de nosso vigor no dia de hoje - o que significa que teremos ainda menos energia no dia de amanhã. Alguém disse que a maior parte das pessoas se crucifica entre dois ladrões: os remorsos de ontem e as preocupações de amanhã. É correto planejar e até mesmo economizar para o futuro (2Co 12.14; 1Tm 5.8), mas é pecado preocupar-se com o futuro e permitir que o amanhã nos prive das bênçãos de hoje.

Nesta seção, encontramos três palavras que mostram o caminho para a vitória sobre a ansiedade:

(1) (Mt 6.30) - a confiança de que Deus suprirá nossas necessidades;

(2) o Pai (Mt 6.32) - saber que ele se preocupa com seus filhos, e

(3) primeiro (Mt 6.33) - colocar a vontade de Deus em primeiro lugar em nossa vida a fim de glorificá-lo. Se tivermos fé em nosso Pai e o colocarmos em primeiro plano, ele suprirá nossas necessidades. Hipocrisia e ansiedade são pecados. Se praticarmos a verdadeira justiça do reino, evitaremos esses pecados e viveremos para a glória de Deus.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2022, ano 32 nº 124 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Sermão do Monte – A ética, os valores e a relevância dos ensinos de Jesus Cristo – Bispo Abner Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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