Lição 06 – 06 de novembro de 2022 – Editora BETEL
Os dons
de poder
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Sobre os dons de poder
Atos 8.6. Dos sete homens
escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja (Atos 6.1-6), dois
representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir. Filipe
foi o primeiro a ser chamado de “evangelista”
(21.8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.
Ele
desceu a Samaria. Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos
judeus, as pessoas sempre “subiam” a
Jerusalém e “desciam” dali para
qualquer outro lugar. Samaria era um local lógico para iniciar a missão
evangelística do mundo cristão. Como diz Macgregor: “Os samaritanos formaram uma casa no meio do caminho entre o mundo
judaico e o mundo gentílico”.
Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de
Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o
termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a
Galiléia, ao norte. A velha cidade de Samaria foi reconstruída por Herodes o
Grande, e chamada Sebaste — o equivalente grego ao termo latino “Augusto”. Isto
ainda se conserva no nome da atual vila Sebastiyeh, que está situada no antigo
monte Samaria. Mas Josefo indica que, no século I, Sebaste foi algumas vezes
mencionada como Samaria. Assim, não há necessariamente qualquer anacronismo
aqui.
Filipe
pregava. Esta palavra é kerysso, “anunciar” ou “proclamar como um arauto”, e não evangelizo. Para os samaritanos, ele “estava proclamando” (imperfeito de uma ação continua) Cristo, o
Cristo, “o Messias”. Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam
procurando o Messias que viria (Jo 4.25).
Os
ouvintes de Filipe prestavam atenção ao que ele anunciava. Eles ouviam as
palavras que ele dizia e viam os sinais (tradução literal) que ele realizava. A
realização de milagres representou um papel importante no ministério de Jesus e
no início da evangelização dos judeus e samaritanos. Paulo declarou: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos
buscam sabedoria” (1 Coríntios 1.22). Quando a pregação do Evangelho
penetrou no mundo dos gentios, a realização de milagres passou a ter menos
importância.
Estes “sinais” consistiam principalmente em
expulsar espíritos imundos (demônios) e curar os enfermos e aflitos. Muitos
paralíticos e coxos é a tradução literal do grego.
O
resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria naquela cidade
(versículo 8). Quando Deus nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo.
João 14.12-13. Jesus
expôs em uma linguagem simples que as obras são secundárias, e que a fé n’Ele
por quem Ele é, e não apenas pelo que Ele faz, vem em primeiro lugar. “Na verdade, na verdade... aquele que crê em
mim” (lit., “aquele que coloca a sua
fé em mim”) também fará as obras que eu faço (12). Quando as obras são o
produto da fé dinâmica n’Ele, são caracterizadas por uma certa superioridade. O
crente é capaz de fazer obras maiores do que estas.
Duas
perguntas precisam ser consideradas. Primeiro: Qual é a base para estas obras
maiores? Três pontos são evidentes.
1. Há
uma fé corretamente colocada. É “aquele
que tem fé em Jesus” que faz as obras que Ele faz.
2. “Porque eu vou para meu Pai. ” Da mesma
forma que o Pai enviou o Filho, agora, com o Seu retorno ao Pai, Ele está
enviando os crentes ao mundo (João 17.18). Eles são enviados com uma missão. A
operação das obras está intimamente ligada à oração. Junto com a promessa de
obras maiores também há a promessa: Se
pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (João 13-14; conforme 15.7;
16.23-24). O que significa orar em nome de Jesus? Embora tudo ou alguma coisa
pareça incluir todas as coisas, estas palavras não são a garantia de que todas
as nossas orações serão atendidas. O grande qualificador é a expressão “em meu nome”. Isto só se refere ao que
está dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: “A oração em que no final se diz “seja feita a tua vontade” é sempre
respondida”.
A
segunda pergunta a ser considerada é: Em que sentido estas obras são maiores do
que as obras feitas por Jesus? (12) Robertson diz: “Maior em quantidade”. Clarke vai além, e afirma: “E certamente o maior milagre da graça
divina converter o coração obstinado e perverso do homem... do pecado para a
santidade. Isto foi feito em inúmeros casos pelos discípulos”. Seguindo em
boa parte este mesmo pensamento, Westcott observa que maiores significa “os efeitos espirituais mais amplos da
pregação dos discípulos que se seguiu após o Pentecostes”.
“A Verdadeira Visão de Deus” pode ser observada em 8-11.
1. Todos
precisamos que Deus se torne visível para nós (8);
2. A
habitação divina em cada um de nós é que torna esta visão possível (9-10);
3. A fé
à qual Cristo nos convida (11).
Hebreus 11.1.3. Não se
trata de uma definição da fé, mas sim de uma descrição do que ela faz e de como
funciona. A verdadeira fé bíblica não consiste em um otimismo cego nem em um
sentimento forçado de "espero que
[...]". Também não é uma aquiescência intelectual à doutrina.
Certamente não é crer apesar das evidências, pois isso seria superstição!
A
verdadeira fé bíblica é uma obediência confiante à Palavra de Deus apesar das
circunstâncias e consequências. Convém ler a frase anterior novamente e deixar
que ela penetre a mente e o coração. Essa fé funciona de maneira bastante
simples. Deus fala, e ouvimos sua Palavra. Confiamos em sua Palavra e agimos de
acordo com ela, a despeito das circunstâncias e das consequências. As
circunstâncias podem ser impossíveis e as consequências assustadoras e
desconhecidas. Ainda assim, obedecemos à Palavra de Deus e cremos que ele fará
o que é certo e o que é melhor.
O mundo
incrédulo não entende a verdadeira fé bíblica, provavelmente porque vê tão pouca
fé operando na Igreja de hoje. H. L. Mencken, um editor cínico, definiu a fé
como "uma crença ilógica na
ocorrência do impossível". O mundo não entende que a fé tem o mesmo
valor que seu objeto, e que o objeto de nossa fé é Deus. A fé não é um "sentimento" que criamos. É
nossa resposta de corpo e alma àquilo que Deus revelou em sua Palavra.
Três
termos em Hebreus 11.1-3 resumem a verdadeira fé bíblica: certeza, convicção e testemunho. O termo traduzido por "certeza" significa,
literalmente, "servir de escora,
sustentar". A fé é para o cristão aquilo que o alicerce é para a casa:
dá confiança e segurança de permanecer em pé com firmeza. Assim, podemos dizer
que ter fé é "estar seguro das
coisas que se esperam". A fé do cristão é o meio que Deus usa para lhe
dar confiança e segurança de que as promessas serão cumpridas.
A
palavra convicção quer dizer "persuasão
íntima". É a convicção íntima dada por Deus de que ele cumprirá o que
prometeu. A presença no coração da fé recebida de Deus é convicção suficiente
de que ele cumprirá sua Palavra.
O termo
testemunho é importante em Hebreus 11. Aparece não apenas no versículo 2, mas
também duas vezes no versículo 4, uma vez no versículo 5 e uma vez no versículo
39. O resumo em Hebreus 12.1 chama essa lista de homens e mulheres de "grande nuvem de testemunhas".
São testemunhas para nós porque Deus testemunhou para eles. Em cada exemplo
citado, Deus deu testemunho da fé desse indivíduo por meio da aprovação de sua
vida e ministério.
O autor
da Epístola aos Hebreus deixa claro que, apesar do que os incrédulos dizem, a
fé é algo extremamente prático (Hebreus 11.3). Ela permite compreender o que
Deus faz e ver o que outros não são capazes de enxergar (ver Hebreus 11.7, 13,
27). Em decorrência disso, a fé nos permite realizar o que outros não são
capazes de fazer! Houve quem zombasse de grandes homens e mulheres que agiram
pela fé, mas Deus estava com eles e os capacitou a ser bem-sucedidos para a
glória dele. J. Oswald Sanders expressa tal realidade perfeitamente quando diz:
"A fé permite à alma que crê tratar
o futuro como o presente e o invisível como o visível.
Hebreus 11.6. A fé em
Deus cresce à medida que se tem comunhão com Ele. Devemos ter tanto o desejo de
lhe agradar quanto zelo de buscá-Lo. Orar, meditar sobre a Palavra, adorar e
ter disciplina - tudo isso ajuda a andar com Deus. Enoque andou com Deus em um
mundo perverso antes do dilúvio e manteve a vida pura. Um dia, Enoque foi
levado para o céu ("trasladado"
= "levado de um lugar para
outro") e não foi mais visto. Abel teve morte violenta, mas Enoque não
morreu. Deus tem um plano diferente para cada pessoa que crê nele. Alguns veem
no traslado de Enoque uma imagem do arrebatamento da Igreja quando Jesus Cristo
voltar (1 Tessalonicenses 4.13-18).
A fé é a
certeza de que temos na maravilhosa existência desse Deus tão poderoso e
infalível, que rege o universo, que está no controle de todas as coisas e que é
galardoador dos que o buscam de verdade. Mas, a fé não é um sentimento de medo,
de temor por não se achar algo a que se agarrar, por falta de esperança e pela
consciência de que podemos ter desse mundo degenerado e do mal que presenciamos no
momento. Ela é gerada pelo conhecimento de Deus. Só quem, de alguma forma,
conheceu a Deus, através da aceitação de Jesus Cristo, Seu Filho Unigênito como
Seu suficiente Salvador, tem acesso às verdades e mistérios do Pai e à comunhão
com o Espírito Santo, e a partir daí a certeza de que está incluído na família
de Deus e no Livro da Vida.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2022, ano 32 nº 125 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – A Igreja e o Espírito Santo – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais – Bispo Oídes José do Carmo.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida – 2014
- Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento –
Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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