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Lição 10 - 4º trimestre de 2022 - O amor: marca do cristão cheio do Espírito Santo

Lição 10 – 04 de dezembro de 2022 – Editora BETEL

O amor: marca do cristão cheio do Espírito Santo

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Sobre o amor

1 Coríntios 13.1, 4-5, 7-8, 13. Um dos sinais de maturidade de um indivíduo é uma compreensão mais adequada e uma capacidade maior de apreciar o próprio corpo. Encontramos um paralelo na vida espiritual: ao amadurecer em Cristo, adquirimos uma compreensão mais profunda acerca da Igreja, o corpo de Cristo. A ênfase dos últimos anos sobre a "vida como corpo" é positiva. Tem ajudado a combater uma ênfase equivocada sobre o "cristianismo individual", que conduz a um isolamento da igreja local.

É evidente que Paulo não usou apenas a imagem do "corpo" para tratar da igreja, de modo que devemos ter cuidado para não a levar longe demais. A igreja também é uma família, um exército, um templo e até mesmo uma noiva, e cada imagem tem lições importantes a nos ensinar. No entanto, em três de suas epístolas, Paulo enfatiza a igreja como um corpo. Em cada uma dessas passagens, trata das mesmas três verdades importantes: unidade, diversidade e maturidade, respectivamente em 1 Coríntios, Romanos e Efésios.

É impossível falar do corpo sem discutir o ministério do Espírito Santo. Foi o Espírito quem deu à luz o corpo em Pentecostes e que ministra no corpo e por meio dele. Infelizmente, na igreja de Corinto os membros estavam entristecendo o Espírito Santo com a maneira carnal de usar os dons espirituais. Não agiam como adultos que haviam recebido instrumentos valiosos, mas sim como crianças com seus brinquedos, portanto precisavam amadurecer.

Como disse Jonathan Swift, o autor satírico de “As viagens de Gulliver”: "Temos religião suficiente para nos fazer odiar, mas não para nos fazer amar". Por mais empolgantes e maravilhosos que sejam, os dons espirituais são inúteis e até mesmo destrutivos, se não forem ministrados em amor. Nas três passagens em que a imagem do "corpo" é usada nas epístolas de Paulo, a ênfase é sobre o amor. A principal evidência de maturidade na vida cristã é um amor cada vez maior por Deus e pelo povo de Deus e também amor pelas almas perdidas. Alguém disse bem que o amor é o "sistema circulatório" do corpo de Cristo.

Poucos capítulos da Bíblia sofreram tantas distorções em sua interpretação quanto 1 Coríntios 13. Fora de seu contexto, ele se torna uma "canção de amor" ou um sermão sentimental sobre a fraternidade cristã. Muita gente não entende que, ao escrever essas palavras, Paulo está tratando dos problemas dos coríntios: o abuso do dom de línguas, a divisão na igreja, a inveja dos dons de outros, o egoísmo (como no caso dos processos judiciais), a impaciência uns com os outros nos cultos públicos e comportamentos que envergonhavam o nome do Senhor.

A única forma de usar os dons espirituais criativamente é fazer isso tendo o amor como motivação. Paulo explica três características do amor cristão e mostra por que é tão importante no ministério.

O amor é enriquecedor (versículos 1-3). Paulo cita cinco dons: línguas, profecia, ciência, fé e doação (sacrifício). Ressalta que, sem amor, o exercício desses dons não é nada.

As línguas sem amor não passam de barulho! É o amor que enriquece o dom e lhe dá valor. O ministério sem amor deprecia tanto o ministro quanto os que são alcançados por eles; mas o ministério com amor enriquece a igreja toda. "Seguindo a verdade em amor" (Ef 4:15).

Os cristãos são "por Deus instruídos que [devem amar-se] uns aos outros" (1 Ts 4:9). Deus Pai nos ensinou a amar enviando seu Filho (1 Jo 4:19), e Deus Filho nos ensinou a amar dando sua vida e nos ordenando que amássemos uns aos outros (Jo 13:34, 35).

O Espírito Santo nos ensina a amar uns aos outros derramando o amor de Deus em nosso coração (Rm 5:5). A lição mais importante na escola da fé é o amor mútuo. O amor enriquece tudo o que toca.

O amor é edificante (versículos 4-7). "O saber ensoberbece, mas o amor edifica" (1 Coríntios 8.1). O propósito dos dons espirituais é a edificação da igreja (1 Coríntios 12.7; 14.3, 5, 12, 17, 26). Isso significa que não devemos pensar em nós mesmos, mas nos outros, o que, por sua vez, exige amor.

Quando se reuniam, os coríntios mostravam-se impacientes uns com os outros (1 Coríntios 14.29-32), mas o amor lhes daria longanimidade. Invejavam os dons uns dos outros, mas o amor removeria essa inveja. Estavam ensoberbecidos (1 Coríntios 4.6, 18, 19; 5.2), mas o amor poderia remover esse orgulho e engrandecimento próprio e, em seu lugar, colocar um desejo de exaltar o outro. "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Romanos 12.10).

Nas "refeições de ágape" e na Ceia do Senhor, os coríntios se comportavam de maneira extremamente indecorosa. Se conhecessem o significado do verdadeiro amor, teriam se comportado de maneira a agradar ao Senhor. Estavam entrando na justiça contra os irmãos! Mas o amor "não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal" (1 Coríntios 13.5). A expressão não se ressente do mal significa "não guarda um registro das ofensas". Perdoar significa limpar o registro e não guardar coisa alguma para usar contra as pessoas (Efésios 4.26, 32).

O amor não se alegra com a iniquidade, mas os coríntios gabavam-se do pecado em sua igreja (1 Coríntios 5). O "amor cobre multidão de pecados" (1 Pedro 4.8). Como os filhos de Noé, devemos procurar cobrir os pecados dos outros e, então, ajudá-los a colocar as coisas em ordem (Gênesis 9.20-23).

Ao ler 1 Coríntios 13.4-7 com atenção e comparar esse texto com os frutos do Espírito relacionados em Gálatas 5.22-23, podemos observar que todas as características do amor aparecem nesses frutos. É por isso que o amor edifica: libera o poder do Espírito em nossa vida e na igreja.

O amor permanece (versículos 8-13). A profecia, a ciência e as línguas não são dons permanentes. (Ciência não significa "educação acadêmica", mas sim comunicação imediata de uma verdade espiritual à mente.) Esses três dons andavam juntos. Deus comunicava determinado conhecimento ao profeta, o qual transmitia a mensagem em línguas. Então, um intérprete (por vezes o próprio profeta) explicava essa mensagem. Os coríntios valorizavam esses três dons ao extremo, especialmente o dom de línguas.

Esses dons desaparecerão (serão abolidos) e cessarão, mas o amor durará para sempre; pois "Deus é amor" (1 João 4.8, 16). Os coríntios eram como crianças usando brinquedos que, um dia, deixariam de existir. É esperado que uma criança pense, compreenda e fale como criança, mas também é esperado que amadureça e comece a pensar e falar como adulto. Um dia, deve "[desistir] das coisas de menino" (1 Coríntios 13.11).

Encontramos no Novo Testamento (que naquela época ainda não havia sido completado) uma revelação completa, mas nosso entendimento dela é apenas parcial. (Para aqueles que não concordam, ver 1 Coríntios 8.1-3.) Há um processo de amadurecimento para a igreja como um todo (Efésios 4.11-16) e também para cada cristão como indivíduo (1 Coríntios 14.20; 2 Pedro 3.18). Só alcançaremos a plenitude quando Jesus voltar, mas, enquanto isso, é preciso continuar a crescer e a amadurecer. As crianças vivem em função de coisas temporárias; os adultos vivem em função de coisas permanentes. O amor é duradouro, e, portanto, aquilo que ele produz permanece.

É importante observar que as três graças cristãs permanecerão, mas a "fé se transformará em visão e a esperança se cumprirá". No entanto, a maior dessas três graças é o amor, pois quando amamos alguém, confiamos nele e sempre antevemos um novo gozo. A fé, a esperança e o amor andam juntos, mas é o amor que impulsiona a fé e a esperança.

Infelizmente, parte da ênfase sobre o Espírito Santo hoje não é santa (pois ignora as Escrituras) nem espiritual (pois apela para a natureza carnal). Não devemos dizer a outros cristãos que dons devem ter ou como podem obtê-los. Essa questão diz respeito à vontade soberana de Deus. Não devemos menosprezar os dons, mas também não devemos deixar de lado as graças do Espírito.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2022, ano 32 nº 124 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – A Igreja e o Espírito Santo – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais – Bispo Oídes José do Carmo.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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