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Lição 12 - 4º trimestre de 2022 - O fruto do Espírito em relação ao seu portador

Lição 12 – 18 de dezembro de 2022 – Editora BETEL 

O fruto do Espírito em relação ao seu portador

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Sobre o fruto do Espírito agindo em nós

Romanos 8.5. Não temos obrigação nenhuma para com nossa velha natureza. O cristão pode viver em vitória. A partir do capítulo 8, Paulo descreve a vida em três níveis diferentes e estimula seus leitores a viver no mais elevado desses níveis.

"Não tendes o Espírito" (versículos 5-8). Paulo não está descrevendo dois tipos de cristão, um carnal e outro espiritual. Antes, contrasta os que têm a salvação com os que não têm. Há quatro contrastes.

Na carne - no Espírito (versículo 5). O não salvo não tem o Espírito de Deus (Romanos 8.9) e vive na carne e para a carne. Seus pensamentos giram em torno das coisas que satisfazem a carne. O cristão, entretanto, tem o Espírito de Deus dentro de si e vive em uma esfera inteiramente nova e diferente. Seus pensamentos giram em torno das coisas do Espírito. Isso não significa que o não salvo nunca faz nada de bom e o salvo nunca faz nada errado. Significa que a propensão da vida de cada um é diferente. Um vive em função da carne; o outro, em função do Espírito.

Morte - vida (versículo 6). O não salvo está vivo em termos físicos, mas no que diz respeito ao espírito, está morto. O ser interior está morto para Deus e não responde às coisas do Espírito. A pessoa pode ser moral, e até mesmo religiosa; mas lhe falta vida espiritual. Precisa do "Espírito da vida, em Cristo Jesus" (Romanos 8.2).

Gálatas 5.25. Uma coisa é vencer a carne e não praticar a perversidade, outra bem diferente é praticar o bem. Os legalistas podem se gabar de não ser culpados de adultério ou de homicídio (considerar, porém, Mateus 5.21-32), mas será que alguém é capaz de vislumbrar as tão belas graças do Espírito em seu caráter? Na vida, a bondade por negação não é suficiente, também é preciso haver qualidades.

O contraste entre obras e frutos é importante. O trabalho de um equipamento industrial pode gerar um produto, mas não há máquina no mundo capaz de produzir um fruto. Os frutos devem crescer da vida e, no caso do cristão, essa vida é do Espírito Santo (Gálatas 5.25). Quando pensamos em "obras", o que nos vem à mente é esforço, trabalho, cansaço e labuta; a idéia de "fruto" nos traz à mente beleza, tranquilidade, desenvolvimento da vida. A carne produz "obras mortas" (Hebreus 9.14), enquanto o Espírito produz fruto vivo. E esse fruto contém a semente de mais fruto ainda (Gênesis 1.11). O amor gera mais amor! A alegria nos ajuda a produzir mais alegria! Jesus deseja que produzamos: "Fruto [...] mais fruto ainda [...] muito fruto" (João 15.2-5), pois é assim que o glorificamos. A velha natureza não é capaz de produzir fruto; ele só pode nascer da nova natureza.

Efésios 4.20-24. Paulo reforça sua admoestação com um argumento proveniente da experiência espiritual de seus leitores. Mais uma vez, a ênfase é sobre o pensamento ou sobre a forma do cristão de ver o mundo. "Mas não foi assim que aprendestes a Cristo" (Efésios 4.20). O apóstolo não diz "aprendeste sobre Cristo", pois é possível aprender sobre Cristo e jamais experimentar a salvação. "Aprender a Cristo" significa ter um relacionamento pessoal com ele de modo a conhecê-lo melhor a cada dia. Posso aprender sobre Winston Churchill, pois tenho vários de seus livros e tenho meios de adquirir outros escritos sobre sua vida. No entanto, não posso aprender a Churchill, pois ele está morto. Jesus Cristo está vivo! Portanto, posso "aprender a Cristo" por meio da comunhão pessoal com Ele.

Essa comunhão é baseada na Palavra de Deus, capaz de ensinar "a verdade", conforme se encontra em Cristo. Quanto melhor a minha compreensão da Palavra de Deus, melhor meu conhecimento do Filho de Deus, pois a Bíblia toda é uma revelação do Senhor Jesus Cristo (Lucas 24.27; João 5.39). O homem incrédulo é espiritualmente ignorante, enquanto o cristão sabe das coisas da Palavra. O homem incrédulo não conhece a Cristo, enquanto o cristão cresce em seu conhecimento de Cristo a cada dia. Cremos na verdade e recebemos a vida; portanto, devemos andar "no caminho", não de acordo com o exemplo do mundo incrédulo.

No entanto, essa experiência de salvação é mais profunda, pois resulta em uma nova posição diante de Deus. O velho homem (a vida antiga) foi colocado de lado, de modo que podemos, agora, andar em novidade de vida por meio de Cristo. Efésios 4:22-24 é um resumo de Romanos 5 a 8, em que Paulo explica a identificação do cristão com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição. O apóstolo também trata desse tema em Efésios 2.4-6 e em Colossenses 3. Como cristãos, não mudamos apenas nossa maneira de pensar, mas também nossa cidadania. Somos "novas criaturas" em Cristo (2 Coríntios 5.17), e, portanto, as idéias e desejos da velha criatura não devem mais controlar nossa vida.

A ilustração mais simples dessa grandiosa verdade pode ser encontrada no relato da ressurreição de Lázaro em João 11. Lázaro, um amigo de Jesus, já estava no túmulo fazia quatro dias, quando Jesus e seus discípulos chegaram a Betânia; até mesmo Marta reconheceu que, àquela altura, o corpo em decomposição estaria cheirando mal (João 11.39). No entanto, Jesus proferiu sua palavra, e Lázaro voltou dos mortos, ilustrando João 5.24. É interessante observar as palavras seguintes de Jesus: "Desatai-o e deixai- o ir" (João 11.44). Removam a mortalha! Lázaro não pertencia mais ao antigo domínio da morte, pois estava vivo. Por que continuar vestido com os panos de um morto? Dispam-se do velho homem e se revistam do novo homem!

Foi com base nesse fato que Paulo desenvolveu sua argumentação: o cristão não pertence mais à velha corrupção do pecado; antes, é uma nova criatura em Cristo. Removam a mortalha! Mas como fazer isso? "e vos renoveis no espírito do vosso entendimento" (Efésios 4.23). A conversão é uma crise que conduz a um processo. Por meio de Cristo, recebemos, de uma vez por todas, uma nova posição como novas criaturas, e a cada dia devemos nos apropriar pela fé daquilo que ele nos deu. À medida que entregamos todo nosso ser a Deus, sua Palavra renova nossa mente (Romanos 12.1-2). "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17.17). À medida que a mente compreende a verdade da Palavra de Deus, é transformada gradativamente pelo Espírito, uma renovação que produz uma vida transformada. Em termos físicos, somos o que comemos, mas em termos espirituais, somos o que pensamos. "Como imagina em sua alma, assim ele é" (Provérbios 23.7). Por isso é importante que o cristão dedique diariamente um tempo para meditar na Palavra, orar e ter comunhão com Cristo.

A transformação operada após a nossa conversão, é realizada pelo Espírito Santo de Deus, como um constante treinamento em direção a um viver mais consciente de nossas deficiências espirituais e de como devemos saná-las, contanto com a ajuda d’Ele. É óbvio que a primeira condição é a fé e a fé vem “pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10.17). Uma vez conscientes de nossa condição anterior e devidamente convertidos e batizados pelo Espírito Santo, um novo mundo se descortina diante de nós. Se, por um lado temos a sensação de estar despertando dos mortos, assim como Lázaro, para uma nova fase da vida com mais conteúdo e sentido, por outro lado nos apercebemos de todos os vícios e erros que carregávamos e cometíamos antes de conhecer verdadeiramente a Jesus Cristo. Este fato nos impõe um dever constante de vigiar e deixar-se transformar. Vigiar no sentido de não cometer os erros do velho homem, que ainda teima em habitar em nós, isso é comum e inerente a quaisquer mudanças. Deixar-se transformar é a consequência desta vigília constante, pois, uma vez despidos do velho espírito mundano, podemos dar entrada franca ao Espírito de Deus para que Ele faça as mudanças necessárias ao nosso aprimoramento. Só se deixarmos Cristo cear conosco, se abrirmos a porta de nossa “casa” para Ele, Ele entrará e nos proporcionará uma alimentação espiritual farta e magnífica. Através do Santo Espírito de Deus somos confrontados com nossa velha natureza, somos conscientizados de nossa miserável condição humana, somos desafiados a retirar nossos espinhos espirituais, encravados na carne desde cedo, e, o mais importante, somos estimulados a uma verdadeira metamorfose de vida, nos tornando melhores à medida que o Consolador trabalha em nós e nos torna mais amorosos, fiéis, longânimes, benignos, bondosos, alegres, mansos, autocontrolados e, a partir daí temos a paz, não uma paz qualquer, mas aquela “paz que excede todo entendimento” (Filipenses 4.7).

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2022, ano 32 nº 124 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – A Igreja e o Espírito Santo – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais – Bispo Oídes José do Carmo.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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