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Lição 02 - 1º trimestre de 2023 - Um coração de Servo

Lição 02 – 08 de janeiro de 2023 – Editora BETEL

Um coração de Servo

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Jesus, o Servo enviado por Deus

Marcos 10.45.  O Exemplo Supremo é o próprio Filho do Homem. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Pense nisso! Ele nasceu miraculosamente, ministrou através de sua forma de viver e deu a própria vida na sua morte vicária.

Como já foi mencionado, o versículo 45 é o versículo-chave de todo o evangelho de Marcos. É a teologia em miniatura, uma vinheta da maior Vida que o mundo já conheceu.

Marcos 9.30-35. A visita do Senhor a Cesaréia de Filipe terminou. Agora Ele passou pela Galileia, viagem que o levaria a Jerusalém e à cruz. Ele queria viajar incógnito. Para a maioria, seu ministério público terminara. Agora ele queria passar algum tempo com os discípulos instruindo-os e preparando-os para o que estava à frente.

Ele lhes falou abertamente que seria capturado e morto, e que ressuscitaria três dias depois. Por alguma razão eles não compreenderam e temiam interrogá-lo. Muitas vezes também temos medo de perguntar, e como consequência, perdemos uma bênção.

Tendo eles chegado a casa em Cafarnaum onde ficariam, Jesus interrogou os discípulos sobre o que estavam discutindo pelo caminho. Ficaram desconcertados em admitir que estavam disputando qual deles seria o maior. Talvez a transfiguração revivera suas esperanças de um reino próximo e estavam se preparando para lugares de honra no reino. É lamentável constatar que na mesma hora em que Jesus estivera contando-lhes sobre sua morte iminente estavam se estimando melhores que os outros. O coração do homem é enganoso mais que todas as coisas e desesperadamente corrupto, como diz Jeremias.

Jesus, sabendo o que estavam disputando, deu-lhes uma lição de humildade. Ele disse que a maneira de ter o primeiro lugar era voluntariamente ocupar o lugar mais humilde de serviço e viver para os outros em vez de para si próprio. Uma criança foi colocada perante eles e abraçada pelo Senhor Jesus. Ele enfatizou que a bondade feita em seu nome aos menos honrados e conhecidos era um ato de grandeza. Era como se o ato de bondade fosse feito ao próprio Senhor, sim, até mesmo a Deus Pai.

Não foi essa a primeira ocasião em que os discípulos discutiram acerca de suas “posições” no Reino, ou, em outras palavras, de quem entre eles seria o maior (Mateus 18.1-5; Marcos 9.33; Lucas 9.46-48). À semelhança do nosso tempo, a preocupação por honra, poder e glória desempenhavam um significativo papel na mente daquele povo.

Vivemos em meio a uma sociedade ímpia (conforme Mateus 13.24-30) e, consequentemente, temos que conviver com pessoas cujos valores estão distantes daqueles ensinados por Cristo. Foi essa a realidade no tempo de Jesus e é essa a realidade do nosso tempo. Todavia, o grande dilema do nosso século é que os valores consagrados pelo mundo têm ocupado, aprisionado, e corrompido o coração de muitos cristãos.

Somos compelidos a ter, crescer, avançar, correr, conquistar. Aproveitar o tempo, agarrar as oportunidades, buscar o sucesso. Afinal de contas, “o mundo não tem espaço para os fracos, não tem lugar para perdedores”. “Quem sabe mais vai além”. “Quem tem mais é melhor, tem primazia, pode mais”.

Carregamos rótulos que nos identificam ou pela nossa filiação (Fulano, filho de Beltrano), ou pelos títulos que ostentamos (Beltrano médico, dentista, engenheiro, advogado), ou ainda pelos bens que possuímos (Fulano é dono de uma empresa, tem um carro importado. Viaja frequentemente à Europa. É herdeiro de uma fortuna).

Em um mundo com essas percepções, o ensinamento deixado por Cristo soa como uma piada, um contrassenso, algo completamente ilógico. Todavia, as lições de Jesus confrontam e condenam a superficialidade humana.

O pedido que fora feito pela esposa de Zebedeu, assim como a preocupação dos discípulos, revela um conceito que não condiz com o espírito da fé cristã.

Três erros podem ser depreendidos: O primeiro deles gira em torno da preocupação fugaz dos discípulos quanto a quem seria o maior no reino dos céus, e isso em contraste com a preocupação de Jesus em favor da humanidade.

“Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens”. Eles, porém, não entendiam isto, e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem; e temiam interrogá-lo a este respeito.

“Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior”. Lucas 9.44-46.

O segundo erro diz respeito ao ambicioso pedido feito por Tiago e João (Marcos 10.35-37) que falharam em colocar em prática o ensino de Jesus:

“E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”. (Marcos 9.35)

Por fim, percebemos a atitude indignada dos demais discípulos contra os filhos de Zebedeu, motivados, talvez, não por Tiago e João terem falhado em obedecer ao que Jesus lhes houvera dito, mas porque queriam os mesmos lugares de proeminência.

“Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João”. (Marcos 10.41)

A maneira abnegada de Jesus cumprir o seu papel messiânico, que é o primeiro e mais importante no Reino, oferece o padrão para seus discípulos em todos aqueles papéis secundários que eles podem desempenhar no reino de Deus. Jesus desejava eliminar (nos doze e, por extensão, em todos nós) uma noção equivocada de poder e autoridade.

“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos”. (Marcos 10.42-44).

O que finalmente quebrou o coração dos discípulos e deve compungir o nosso é o exemplo que Jesus dá de si mesmo: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. (Marcos 10.45). O Filho do Homem, que herdará “domínio, e glória, e o reino” (Daniel 7.14), veio como um servo.

Os grandes no reino de Deus

Dos ambiciosos, Jesus exige sofrimento leal até a morte: “e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim”. (Mateus 10.38);

Dos orgulhosos, exige o serviço mais humilde: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou”. (João 13.13-16);

3) Dos grandes, exige submissão aos outros, como se exige de um servo: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5.21).

Ser “bem-nascido”, possuir títulos, alcançar sucesso financeiro, todas essas coisas não são em si mesmas ruins; afinal de contas, Deus as concede a alguns servos seus. Todavia, “cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. (Romanos 12.3). Ademais, não devemos nunca dedicar o melhor da nossa vida correndo atrás dos tesouros deste mundo.

“Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? ”. (Mateus 10.26).

Possuir essas coisas, embora reconhecendo que as recebemos das mãos de um Pai bondoso e que, por isso, devemos usá-las para a glória do Seu nome: eis o caminho que nos coloca no lugar de servos os quais, à semelhança de uma criança (conforme Mateus 18.3), reconhecem a sua inteira dependência do Senhor e, alegremente, aceitam aquilo que não podem obter por si mesmos.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2023, ano 33 nº 126 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Evangelho de Marcos – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus – Pr. Abinair Vargas Vieira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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