Lição 03 – 15 de janeiro de 2023 – Editora BETEL
Particularidades do Servo
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Sobre
conhecer ao Senhor
Marcos 8.1-21. Os críticos que procuram contradições na Bíblia
geralmente confundem este milagre com aquele da alimentação dos cinco mil,
registrado nos quatro Evangelhos. Somente Mateus e Marcos relatam esse
acontecimento, e não é difícil distingui-lo do outro milagre.
A
primeira multiplicação ocorreu na Galiléia, perto de Betsaida, e envolveu
principalmente os judeus. Este milagre ocorreu perto de Decápolis e envolveu
principalmente os gentios.
No primeiro
milagre, Jesus começou com cinco pães e dois peixes; aqui, temos sete pães e
"alguns peixinhos". Os cinco mil haviam passado um dia com o Mestre;
aqui, os quatro mil passaram três dias com ele.
Na
alimentação dos cinco mil, foram recolhidos doze cestos de sobras; aqui, foram recolhidos
apenas sete cestos depois que quatro mil pessoas foram alimentadas. Até mesmo
os cestos foram diferentes em cada ocasião: para os cinco mil, foram usados
cestos pequenos (kophinos); para os
quatro mil, foram usados cestos grandes, de tamanho suficiente para colocar uma
pessoa dentro (spuris).
Mais uma
vez, somos encorajados pela compaixão de Jesus e por seu controle absoluto sobre
a situação. No entanto, somos desencorajados pela cegueira e incredulidade dos
discípulos. Acaso haviam se esquecido do milagre anterior? Porém, não se deve julgá-los
com severidade, pois quantas vezes nós mesmos esquecemos as misericórdias de
Deus? É preciso lembrar que Jesus Cristo ainda é o mesmo e que tem a solução para
todos os problemas. Tudo o que precisamos fazer é confiar nele, colocar a vida
em suas mãos e obedecer.
Jesus e
os discípulos foram para o lado oeste do mar da Galiléia, onde se encontraram com
os fariseus que continuavam irados com Jesus por tê-los acusado de hipocrisia
(Marcos 7.1-23). Desta vez, desafiaram Cristo a provar sua autoridade divina
dando-lhes um sinal do céu. Não queriam um milagre terreno, como curar uma
pessoa doente. Queriam que Jesus fizesse algo espetacular, como fazer descer
fogo ou pão dos céus (João 6.30-31). Isso provaria que havia, de fato, sido enviado
por Deus.
Jesus
sentiu grande pesar e decepção religiosos do povo escolhido de Deus tão endurecidos
de coração e espiritualmente cegos! O desejo de receber um sinal do céu não era
apenas mais uma evidência da incredulidade deles, pois a fé não pede sinais. A
verdadeira fé crê na Palavra de Deus e se contenta com o testemunho interior do
Espírito.
Jesus
deixou-os e passou para o lado leste do mar da Galiléia. Durante a travessia, ensinou
aos discípulos uma lição espiritual importante. Pareciam tão cegos quanto os fariseus!
Discutiam sobre quanta comida tinham com eles, pois alguém havia esquecido de
comprar pão. Quem era o culpado?
Jesus
deve ter se entristecido muito diante da falta de discernimento espiritual de seus
colaboradores. O fato de haver multiplicado pães em duas ocasiões e de ter alimentado
quase dez mil pessoas não havia causado qualquer impacto sobre eles! Por que se
preocupar com pão quando Jesus estava no barco com eles? A mente dos discípulos
estava entorpecida, e seu coração, endurecido (ver Marcos 6.52); seus olhos
estavam cegos, e seus ouvidos, surdos (ver Marcos 4.11-12).
O povo de
Deus costuma ter a tendência de esquecer as bênçãos que recebe (Salmos 103.1-2).
Jesus supre as necessidades, mas quando surge um novo problema, começam as
queixas e a preocupação. Enquanto estivermos com Cristo, podemos ter certeza de
que sempre cuidará de nós. Seria bom parar de vez em quando para nos lembrarmos
da bondade e fidelidade do Senhor.
Nestes
vários trechos do evangelho, segundo escreveu Marcos, podemos identificar uma
recorrente dificuldade do povo de Deus: conhecer verdadeiramente a Seu Senhor e
confiar plenamente n’Ele, que tem todas as saídas da vida em Suas mãos e pode
nos suprir, sejam quais forem as nossas necessidades. Tanto os fariseus, quanto
os próprios discípulos de Jesus ainda não estavam convencidos do poder
sobrenatural e ilimitado de nosso Senhor e Salvador, não obstante já tivessem
presenciado tantos sinais e milagres! É indescritível a rigidez do coração do
homem ao negar a divindade de Deus, a sobrenaturalidade do Senhor Jesus, o
poder transformador do Santo Espírito de Deus.
Desde os
tempos em que murmurava no deserto, a caminho de Canaã, o povo escolhido do
Senhor já demonstrava essa constante “desconfiança” que nada mais é do que
falta de fé, sobre o que Deus desejava e deseja para aqueles que escolheu.
Somos
povo escolhido do Senhor Jesus, temos sobre nós a proteção e a provisão de
Deus, a companhia e orientação precisas do Espírito Santo e o Senhor Jesus
prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Além disso, podemos sentir
através de nossas experiências, de nossa vivência como cristãos, através dos
vales que atravessamos, dos desertos que cruzamos nesta existência, que o
Senhor nunca nos abandona, pode até nos deixar em prova por um período e a
prova pode ser bem dura, se duros formos e rebeldes nos mostrarmos. Porém, não
nos abandona.
O que
falta para consolidar nossa fé? Conhecer a quem servimos. Conhecer ao que nos
libertou do cativeiro do pecado e hoje está assentado à destra do Pai.
Falta-nos visão espiritual para vislumbrar a dimensão de tudo o que foi feito
por Ele para cada um de nós. Todo o plano de Salvação foi gerado no coração de Deus
antes da Criação, para mim, para você, para cada um de nós que um dia creu e crê em
Jesus, em Sua salvação. Deus já pensava em cada um de nós. Este amor antevisto
e consumado na cruz do Calvário deve nos permitir que persistamos em conhecer a
cada dia mais o Deus a quem servimos.
Devemos
servir a Deus com o coração alegre e agradecidos por tudo o que Ele fez, está
fazendo e vai fazer por nós, pela vida, pelas pessoas próximas que Ele escolheu
para ser nossa família, nossos irmãos na fé, pelas pessoas que Ele ainda vai
tocar e salvar, talvez até através de nosso próprio testemunho.
Devemos
servir a Ele porque primeiro Ele nos serviu, nos concedendo vida, nos
concedendo a Salvação, com o amor indescritível que tem por nós, pelo
sacrifício de Seu Filho Amado, pelo poder que o Espírito Santo nos empresta.
Não há outro senhor a quem servir, nem neste mundo, nem na Eternidade. Jesus é
o Caminho, a Verdade e a Vida! O conhecer a Deus é um processo gradativo e
constante, por toda a nossa vida. Se perseverarmos, conheceremos cada vez mais
a nosso Senhor, e poderemos ter mais intimidade e ligação com Ele, aprendendo a
obedecê-Lo, a apreciar a beleza de Sua Santidade e, principalmente, a adorá-lo
sem reservas. Isto nos torna mais semelhantes ao Servo Perfeito, mas nunca
iguais.
“Então conheçamos, e prossigamos em
conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a
chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.
(Oséias 6.3).
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2023, ano 33 nº 126 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Evangelho de Marcos – O Servo e a missão no serviço da
obra de Deus – Pr. Abinair Vargas Vieira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento –
Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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